domingo, 24 de agosto de 2008

ENTREVISTA COM A BANDA TO THE LAMB



Formada em 2002 pelo baixista Lucky Santana, o To The Lamb pratica um heavy metal oitentista baseado na velha escola britânica, mas bebe nas fontes do hard rock moderno. Tudo isso com o intuito de levar a palavra mensagem do heavy metal cristão aos que necessitam.
Em 2004, a banda lançou sua demo intitulada "Days of Revelations", tendo recebido críticas positivas das duas maiores revistas de rock do Brasil, a Roadie Crew e a Rock Brigade. Na época, o grupo era formado apenas por Lucky, que também era vocalista, e pelo guitarrista Renato "Ivory" Fonseca. Depois de algumas apresentações e trocas de formação, o To The Lamb acabou ficando um tempo longe de cena.
O To The Lamb mescla a experiência com a juventude, mostrando composições bem trabalhadas e vigorosas, para agradar tanto os fãs do heavy metal mais rápido e cativante, como os que apreciam levadas mais cadenciadas, com riffs pegajosos.
Além de Lucky Santana como o dono das quatro cordas, a banda conta agora com o vocalista Nickson, que tem uma voz agressiva e rouca, na medida certa para o caráter performático que as músicas novas e antigas precisam. Na bateria Samuka Drum dá conta do recado, com sua pegada forte, misturando as características do heavy puro com as influências vindas do rock dos anos 70 - frutos dos anos de estrada colocados na bagagem.
A banda estava formada por um time de três guitarristas, contudo, alguns revezes profissionais fizeram com que a banda ficasse desfalcada de 2 músicos, estando no momento na formação apenas com Silas Santos, o Gulliver, que segura firme nas bases e linhas melódicas.
Atualmente o grupo está totalmente concentrado na procura de novos guitarristas e está se preparando para a gravação de seu "debut".


Confira a entrevista concedida pelo baixista Lucky Santana (foto ao lado).


(Por Nelson Paschoa)

A Banda sempre teve três guitarristas?
Desde o início a banda tinha a intenção de manter o peso em estúdio e ao vivo, por isso sempre tivemos três guitarras. Contudo, com a saída de alguns membros, estamos com a possibilidade de termos duas guitarras e um teclado.

A banda ficou marcada por causa das três guitarras. Acha que o público que já conhece a banda não vai sentir falta? Até porque não é algo muito habitual (três guitarras).
Quanto a não ser habitual três guitarras, isso é verdade. Uma banda de heavy metal não tem muito essa praia, ainda mais que, tem muito guitarrista que, tendo duas já é uma tortura para o ego, quanto mais três, rsrsrsrsrs. Agora, quanto ao público sentir falta, talvez não ocorra se caso tenhamos duas e um teclado, inclusive por já colocarmos na comunidade da banda (orkut) pra saber o que preferem e isso já está dando frutos, pois a maioria está pedindo desta forma.

Então já está definido o futuro da banda quanto a isso?. Já foram selecionados os novos membros?
Não. Ainda não. Apesar de termos colocado a enquête e gostarmos dessa interatividade com o público, como estamos finalizando alguns detalhes para a gravação do álbum, ainda estamos decidindo essa situação. Já estamos novamente com dois guitarristas, portanto, o último membro, se guitarra ou teclado, ainda está por adentrar às portas...

Vocês fizeram muitos shows este ano.
Ah sim... Fomos gratos por termos conseguido várias apresentações e com o público ter comparecido e agitado. Vimos que já estamos com uma galera fiel e que tem realmente gostado tanto das músicas, como das apresentações, mostrando que temos acertado o alvo.


A galera que tem comparecido aos shows na média é bem jovem. Surpreende-te ver essa galera que não era nascida ou que era muito criança nos anos 80 curtir uma banda que segue esta linha de som?
O que posso dizer? Os anos 80 foram a melhor época da música em geral. O heavy metal teve seu ápice também através de grandes bandas que influenciaram e influenciam toda uma geração. Hoje está ocorrendo um retorno às raízes. O pessoal não está querendo modismos e coisas descartáveis, assim como ocorreu nos anos 90. Bandas também que marcaram época, retornaram, o que faz com que a galera veja a diferença do som e curta também. Pra mim é gratificante ver o pessoal jovem curtindo, pois mostra que tem acontecido realmente uma maturidade musical tanto das bandas como dos fãs.

Isso deve explicar a sobrevivência de muitas bandas da época e o surgimento de muitas bandas novas nesta linha de som.
Com certeza. Os fãs de heavy metal, ao contrário dos outros estilos musicais, são muito fiéis e, ainda, os fãs do metal tradicional dos anos 80 que curtem bandas como Iron Maiden, Saxon, Manowar, entre tantas outras, me parecem ainda mais, pois não gostam realmente nem que suas bandas consagradas venham a inovar demais. Por conseqüência, bandas novas acabam sendo fiéis ao que querem realmente fazer e não pegar carona nos clichês de hoje em dia.

Todos da banda são desta época?
A grande maioria. O Nickson já tocou há muito tempo atrás em bandas de cover que levavam o som de Queen, Iron, Led Zeppelin entre outros. O Samuka, tem como principal influência o Nicko do Iron e, por conseqüência, o Iron dos anos 80. Eu comecei a tocar baixo ouvindo Iron e Kiss. Apenas o Silas que não é dessa época, mas que curte mais o som nessa linha. Como por exemplo, o Bride antigo da época do Silence is Madness e do Show No Mercy, primeiro deles, que são totalmente heavy metal.


O Nickson é ator de teatro. Isso de alguma maneira traz algo a mais a banda? Pois a interpretação dele é algo que chama a atenção.
Uma das nossas intenções desde o início da banda era fazer algo teatral também e o Nickson se encaixou perfeitamente. Suas performances de palco são totalmente marcantes, o que chama muito a atenção. A nossa vontade inclusive é futuramente colocar uma pequena encenação em palco durante alguma música e ele, além de ator, é diretor também, então poderemos fazer algo realmente interessante.


Todos vocês já se conheciam?
Não...fomos nos conhecendo através de anúncios e conversas. O Samuka, que foi o primeiro a entrar que ficou mais tempo, pois na época ele estava na banda Paradigma de Cristo e eu estava remodelando o TO THE LAMB. Nos conhecemos na antiga Zadoque e durante um mês, cada um ficava puxando o peixe pra sua banda para o outro integrar suas fileiras. Aí o Paradigma acabou e ele foi o primeiro a entrar. O Nickson e o Silas foram através de anúncio. Outros entraram e saíram, mas todas foram de anúncio mesmo.


Neste período de muitos shows, teve algum mais marcante, ou algum acontecimento curioso?
Cada show teve sua particularidade, tantos em momentos bons como ruins. Dois foram bem especiais. Um deles foi o show de aniversário do programa OverRock, quando tocamos pela primeira vez com eles. Não imaginávamos que, ao terminar a apresentação, a galera pedisse bis. Ficamos até meio abestalhados, rsrsrsrsrsrsrsrsrsr. O outro foi um de nossos últimos em Guarulhos no CMF. Neste tocamos com a banda Delohim e rolou um clima legal entre as bandas e a galera respondeu à altura, agitando bastante. Mas como falei, cada show tem uma particularidade. Seria até injusto dizer que houve uns melhores do que outros.


Deve ter sido nem complicado conciliar shows, ensaios, trablho, família...
Nós temos uma forma de trabalho básica: ensaiamos 3 finais de semana e um descansamos para ficar com nossas famílias. Então, devido a isso, temos de ter total concentração no que fazemos para que não venhamos a perder tempo. Só temos os sábados para fazermos isso, pois na semana todos trabalham e não tem como ficar dividindo.


Agora vocês vão dar uma parada para gravar. Como anda este processo?
Estamos terminando alguns detalhes para a gravação. Já gravamos uma guitarra de linha para uma de nossas músicas para sabermos o real potencial da forma que estaremos fazendo. A partir daí, dando tudo certo, em termos de som e equipamento, agora no começo de setembro já estaremos totalmente centrados no propósito.


Vai sair CD completo?
A nossa intenção é ter o cd com 11 ou 12 músicas.


Será que sai este ano ainda? Será independente?
Se tudo correr bem, até o dezembro ele deve estar pronto, se não, no começo do ano. Assim que tivermos algo gravado, já estaremos correndo atrás de distribuidoras, principalmente no exterior.

Pra finalizar, manda aí suas últimas palavras.
Quero agradecer à galera que tem prestigiado a banda e que está esperando pelo cd e por novidades. Tem sido muito dez a participação de todos. Continuem acessando a comunidade e o blog da banda para futuras informações. Também agradecer a vocês pela iniciativa e força que tem nos dado durante nossa caminhada.



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